quarta-feira, 25 de abril de 2012

 Simeão e a espera



                                                                                                             Lucas 2. 25-35

Simeão foi o homem que apresentou Jesus no templo em Jerusalém, glorificando a Deus pelo cumprimento daquilo que Deus lhe tinha revelado, que não morreria antes de ter visto o Cristo Salvador. Estes acontecimentos entre Simeão e a sagrada família no templo em Jerusalém, se deu durante as realizações religiosas obrigatórias para os judeus, são relatadas pelo evangelista Lucas.

Alguns historiadores apontam que esse Simeão tivesse sido filho do famoso rabino Hilel e pai de Gamaliel, mencionado em (Atos 5:34), que foi o mestre de Paulo de Tarso. Se realmente Simeão foi pai de Gamaliel, provavelmente foi um rabi de alta consideração. Diz à tradição que ele foi chefe do Sinédrio.

A literatura apócrifa do século II, Proto Evangelho de Tiago. Transforma Simeão em sumo sacerdote, sucessor de Zacarias, pai de João Batista. A tradição também tem-no feito um essênio, reverenciado como possuidor de dons proféticos. Esse mesmo homem teria repreendido Arquelau, um dos descendentes de Herodes o Grande, por haver-se casado com a viúva de seu próprio irmão, tendo predito sua queda.

  Não se sabe ao certo dizer quem era Simeão, se sacerdote, rabi ou profeta, mas, pode-se afirmar que este homem tinha um altíssimo conceito e respeito na comunidade religiosa judaica, sendo um homem de destaque e autoridade para seus contemporâneos religiosos. Sabemos tão somente que Simeão gozava de uma presença especial do Espírito Santo em sua orientação análoga.  Aquela forma superior de vida espiritual que em dias antigos era expressa pela menção, andar com Deus.

Simeão era um homem justo, piedoso e temente a Deus. Este homem esperava a consolação de Israel, que é uma referência direta a promessa e as profecias messiânicas. 

Essa expressão “Esperava a consolação de Israel” v v  25, quer expor: O gemido sob o governo do idumeu Herodes e o seu pesado jugo imposto pelos romanos. O povo teocrático tinha a necessidade, como nas épocas mais gloriosas de sua história, de um consolador que enxugasse suas lágrimas tirando-os de seu sofrimento. Em épocas de degeneração e apostasia por parte dos sacerdotes, Deus sempre teve seus seguidores devotos, como Simeão.

Simeão esperava a consolação de Israel e também ver Jesus, o messias, pois o Espírito Santo lhe revelou isso. E foi pelo Espírito Santo que ele foi levado ao templo, onde encontrou a criança com seus pais.

Quando Simeão entrou no templo, ocorreu que era ele exatamente o sacerdote escolhido para realizar o rito da apresentação, ou pelo menos agir como substituto naquela ocasião. A alegria de Simeão é expressa por palavras proféticas messiânicas, que agradaram a José e Maria, maravilhando-se com o que ouviam de Simeão.

Simeão alegra-se plenamente e expressa ( v v 29 e 30) que o Senhor já poderia levá-lo, pois seus olhos já viram a salvação. Com seus olhos ele viu o redentor conforme Deus lhe havia revelado.

Simeão nos trás uma lição de como administrar o tempo, pois ele venceu o tempo e já avançado em idade pode contemplar o comprimento da revelação de Deus em sua vida.

 Verdadeiramente todo aquele que em sua fé espera algo de Deus, necessita ter ciência para distinguir os dois tempos propostos nessa busca, o tempo do homem e o tempo de Deus.

O tempo do homem é o tempo contado em minutos, horas, dias e anos, é o tempo do já, da ansiedade, do imediatismo, pois é natural do homem ter pressa quanto mais aquele que espera algo grande de Deus.

O tempo de Deus já não se pode cronometrar, é o tempo perfeito, que chega para trazer alegria e somar, mesmo que pareça que este tempo demore ele sempre chega na hora certa, e o momento certo é perfeito.